segunda-feira, 2 de abril de 2012

Boas Novas parte 2

"Direi milhares de metáforas rimadas
E farei
Das tripas coração
Do medo, minha oração
Pra não sei que Deus "H"
Da hora da partida
Na hora da partida
A tiros de vamos pra vida
Então, vamos pra vida
Senhoras e senhores
Trago boas novas
Eu vi a cara da morte
E ela estava viva
Eu vi a cara da morte
E ela estava viva - viva!"
Empatia pode ser uma peste! Responsabilizar-se pela felicidade alheia, uma verdadeira desgraça para "cutis"! Trabalho que cansa, envelhece e não trás retorno financeiro, muito menos reconhecimento.
A tão aclamada frase de Antoine de Saint-Exupéry  no livro O Pequeno Principe: "Tu és eternamente responsável por tudo que cativas", tem outra leitura aqui, onde a responsabilidade de congruencia tolhe a liberdade. Os sacrificios que deveriam ser vistos com gratidão tornam-se uma obrigação.
Infelizmente eu não consigo controlar minha empatia exagerada, sendo que esta não é apenas uma característica positiva de meu caráter, mas uma dos meus grandes vícios comportamentais, uma, ou a maior, fraqueza da minha psique, tão dada a sentir-se culpada por tudo que não vai bem a sua volta....
Isso não é nem de longe uma reclamação... reclamona eu não sou... por sinal tenho um misto de pena e asco de gente que reclama demais, não está feliz mude, ou aguente quieto!
Mas é bom pontuar a questão, porque a ausencia de registro das minha percepções do mundo tem me feito sentir como que desaparecendo... o que, se bem me lembro, sempre foi uma vontade minha... desaparecer, apertar o botão "pause" só para descansar um pouco desse processo tão enfadonho que é viver (Tédio com um T bem grande pra você - como diria Renato Russo), essa rotina tão banal que as pessoas sem muita presença de espirito conseguem transformar numa grande problemática, grandes dramas e chateações.... será que só é facil para mim e todo mundo torna a vida (incluindo a minha) difícil ou eu é que torno dificil a vida de todos que, rancorosos, tentam se vingar de mim me tirando do meu estado de tranquilidade inato?
Como eu sou espertinha e estudei estatística, a errada deve ser mesmo eu (é o que a maior parte das amostras do estudado diz), que, apesar de um intenso estudo de caso, ainda não se deu conta de como mudar.
Fico então com meu botão pause. Sim, ele existe! Eu o encontrei há tempos... nessa brincadeira dramática de fingir que tudo é mesmo tão importate e que nossa vidinha de miseros 90 anos (no máximo) num planeta que tem milhões é importante suficiente para não ser feliz, para fazer drama pessoal e, pior, pra fazer drama da minha vida, eu só figuro, não percebeu?
E não é porque eu descobri como ser feliz sozinha ou porque eu tenha atingido o nirvana e viva em suave e ininterrupto estado de graça, mas por saber que a única certeza irrevogável que temos na vida, é a mesma que concerta todo e qualquer problema inerente a esta, e deste desfecho eu não tenho medo algum.


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