quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

deuses ou macacos

Creio que somos mais “filhos de Deus” do que “primos dos macacos”. Nenhum animal possui nada que se assemelhe à nossa alma. O cérebro, ao ser capaz de gerar pensamentos, nos distanciou radicalmente dos nossos ancestrais biológicos. Há um abismo qualitativo que nos diferencia dos macacos mais sofisticados. Assim, privilegiar a biologia implica em descaso pela nossa razão e sua força. Isso defende a idéia de que as pessoas imaturas - e que não têm controle sobre suas emoções e sentimentos - é que estão certas e são a obra máxima da nossa espécie. Negar a potência e o vigor da razão é negar nossa capacidade de autogestão, de podermos ser senhores de nós mesmos.
Por isso, rapazes mais bem formados emocional e moralmente deveriam parar de invejar os paqueradores profissionais, aqueles (primos dos macacos), que substituem as experiências qualitativas com parceiras escolhidas por afinidades, pela série interminável de conquistas eróticas fundadas em mentiras sedutoras. E as moças mais maduras não deveriam se deixar escravizar pelo exibicionismo tão ao gosto daquelas que costumam usar seus poderes para obter benefícios de toda ordem.Não podemos mudar o mundo, mas podemos, sim, mudar nosso destino individual.